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Tarô: A Rota Espiritual do Autoconhecimento Através das Cartas

12 de jul de 2024

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Destaque para a carta da Estrela no Deck do Tarot Philly
Tarô de Marselha criado por www.phillytarotdeck.com

O tarô é uma ferramenta milenar que atravessa gerações e culturas, oferecendo insights profundos sobre a vida, o autoconhecimento e o futuro. Com suas origens nebulosas e um rico simbolismo, o tarô continua a fascinar e a guiar milhões de pessoas ao redor do mundo. Neste artigo, exploraremos a história do tarô, suas teorias e práticas contemporâneas, além de examinar o impacto do tarô no Brasil e no exterior.


As origens do Tarô são envoltas em mistério e debate. Alguns historiadores, como Michael Dummett, sugerem que o Tarô surgiu na Europa no século XV, possivelmente na Itália, como um jogo de cartas chamado "tarocchi". Outras teorias, como a de Stuart R. Kaplan, apontam para raízes mais antigas, alguns acreditam que suas raízes remontam ao antigo Egito, enquanto outros apontam para a China ou a Índia como possíveis berços.


Povos antigos e sua relação com o Tarô


Durante a Idade Média, o Tarô evoluiu de um simples jogo de cartas para um instrumento esotérico. No século XVIII, Antoine Court de Gébelin, um maçom e ocultista francês, foi um dos primeiros a sugerir que o Tarô tinha significados místicos profundos, ligando-o ao antigo Egito. Seu trabalho influenciou profundamente a visão moderna do Tarô como ferramenta espiritual.


Egito Antigo: Muitas teorias associam o tarô ao antigo Egito, especialmente à simbologia contida no Livro de Thoth.


China e Índia: Outras teorias sugerem que o tarô pode ter evoluído a partir de jogos de cartas chineses ou indianos.


Europa Medieval: Na Europa, o tarô começou a tomar sua forma moderna durante a Renascença, sendo inicialmente utilizado como um jogo de cartas antes de se transformar em uma ferramenta de adivinhação.



Aleister Crowley com traje típido da sua ordem ocultista Thelema
Aleister Crowley

No século XX, o Tarô passou por um renascimento, graças a figuras como Arthur Edward Waite e Aleister Crowley. Waite, em colaboração com a artista Pamela Colman Smith, criou o "Rider-Waite Tarot", que se tornou um dos baralhos mais populares e influentes. Crowley, por sua vez, desenvolveu o "Thoth Tarot", repleto de simbolismo esotérico e influências da Kabbalah e da astrologia.


Com o passar do tempo, o tarô deixou de ser apenas um jogo para se tornar uma poderosa ferramenta de adivinhação e autoconhecimento. Os baralhos mais conhecidos, como o Tarot de Marselha e o Rider-Waite, começaram a ser desenvolvidos durante este período.


O Tarô no Brasil e ao redor do Mundo


Internacionalmente, o tarô tem sido objeto de numerosos estudos e práticas. Alguns dos mais renomados estudiosos e autores incluem:


Carl Jung, Psicólogo suíço que integrou o tarô em sua teoria dos arquétipos e do inconsciente coletivo. Rachel Pollack: Autora de "78 Degrees of Wisdom", um dos livros mais influentes sobre tarô. Aleister Crowley: Ocultista britânico que desenvolveu o baralho Thoth Tarot, rico em simbolismo esotérico.


O início do Tarô no Brasil

Cartas de tarô dos Orixás mostrando Oxumarê, os Enamorados, Exú Feminino, Eleguibara
Releitura do Tarô com inspiração na Teogonia dos Orixás Africanos

No Brasil, o Tarô tem uma história rica e diversificada. Personalidades como Nei Naiff e Constantino K. Riemma contribuíram significativamente para a disseminação e estudo do Tarô no país. Nei Naiff, em particular, é conhecido por suas obras detalhadas e cursos que abrangem desde a leitura prática até a simbologia profunda das cartas.


Atualmente, o tarô tem uma presença vibrante e crescente. Diversos autores e estudiosos têm contribuído para a popularização e o aprofundamento do conhecimento sobre o tarô, como Neide Innecco: Autora e taróloga renomada, conhecida por seus livros e cursos sobre tarô.


Maria Eugênia de Castro: Fundadora da Escola de Tarô, que oferece formação e aprofundamento na leitura das cartas. Lucia Teixeira: Taróloga e autora de livros que exploram o uso do tarô no autoconhecimento e na terapia. E uma das mais renomadas e populares, sobretudo nas redes sociais, Cláudia Lisboa, através de seu portal Luz e Sombra.


Estudos Recentes na América Latina


Na América Latina, a prática e o estudo do tarô têm ganhado destaque nos últimos anos. Pesquisadores e autores têm explorado o impacto cultural e psicológico do tarô, contribuindo para uma maior compreensão e aceitação dessa prática na região.


Jorge Guerra González: Autor chileno que explora a simbologia do tarô em contextos culturais latino-americanos. María del Carmen Martínez: Pesquisadora argentina que estuda o uso do tarô em terapias alternativas e sua eficácia. Carlos Mota: Tarólogo brasileiro conhecido em toda região Latino-americana por integrar o tarô em práticas de coaching e desenvolvimento pessoal.


Teorias e Práticas do Tarô: O Simbolismo das Cartas


Arcanos Maiores e Menores


O Tarô é composto por 78 cartas, divididas em Arcanos Maiores (22 cartas) e Arcanos Menores (56 cartas). Os Arcanos Maiores representam arquétipos universais e grandes temas da vida, enquanto os Arcanos Menores abordam aspectos cotidianos e experiências diárias.


Arcanos Maiores


Os Arcanos Maiores incluem cartas icônicas como "O Louco", "A Morte", "O Diabo" e "O Mundo". Cada carta tem seu próprio simbolismo e significado, refletindo a jornada espiritual e as lições de vida que todos enfrentamos.


Arcanos Menores


Os Arcanos Menores são divididos em quatro naipes: Paus, Copas, Espadas e Ouros. Cada naipe representa diferentes áreas da vida e está associado a um elemento: Fogo, Água, Ar e Terra, respectivamente.


O Tarô é frequentemente usado como uma ferramenta de autoconhecimento e crescimento pessoal. As cartas podem refletir aspectos internos do leitor, ajudando a trazer à luz questões subconscientes e oferecendo orientação em momentos de dúvida.


Uso Terapêutico do Tarô


Nos últimos anos, o Tarô tem sido integrado em práticas terapêuticas. Terapeutas utilizam o Tarô para facilitar o diálogo interno dos clientes, explorando seus medos, esperanças e motivações. Este método, conhecido como "tarô terapêutico", tem ganhado popularidade por sua abordagem holística.


Métodos de Leitura


Existem diversos métodos de leitura do tarô, que podem variar em complexidade e propósito. Alguns dos métodos mais comuns incluem:


Leitura de Três Cartas: Focado no passado, presente e futuro.


Cruz Celta: Uma das tiragens mais populares, oferecendo uma visão abrangente de uma situação específica.


Tiragem do Ano: Utilizada para previsões e insights sobre o ano vindouro.


O Tarô na Contemporaneidade


Com a crescente popularidade do tarô, novas edições e baralhos são constantemente desenvolvidos. Essas inovações ajudam a manter o tarô relevante e acessível para as novas gerações. Baralhos Temáticos: Baralhos inspirados em filmes, séries e culturas populares. Aplicativos de Tarô: Ferramentas digitais que facilitam o acesso e a prática do tarô.


Com o advento da internet, o Tarô se modernizou. Leituras de Tarô online e aplicativos de Tarô proliferaram, tornando o acesso às cartas mais fácil e conveniente para um público global. Plataformas como renovareoraculos oferecem leituras personalizadas, conectando leitores de Tarô com buscadores de orientação espiritual ao redor do mundo.


Estudos acadêmicos sobre o Tarô têm crescido, com pesquisadores explorando seu impacto psicológico e cultural. O Tarô é analisado em termos de simbolismo, psicologia junguiana e suas aplicações terapêuticas. Autores como Carl Jung reconheceram a profundidade arquetípica das cartas, contribuindo para a sua legitimação acadêmica.


A função terapêutica do Tarô


O tarô tem sido integrado em diversas abordagens terapêuticas, ajudando indivíduos a explorar seu inconsciente e a encontrar soluções para seus problemas.

Pesquisas acadêmicas têm explorado a validade e a eficácia do tarô como ferramenta de autoconhecimento e orientação.


Algumas das áreas de estudo incluem:


Tarô Terapêutico: Utilizado por terapeutas para ajudar seus clientes a ganhar clareza e insight sobre suas vidas.


Tarô e Psicologia: Estudos exploram a conexão entre os arquétipos do tarô e a psicologia junguiana.


Eficácia Terapêutica: Estudos analisam como o tarô pode complementar terapias tradicionais.


Impacto Cultural: Pesquisas sobre como o tarô influencia e é influenciado pelas culturas ao redor do mundo.


História e Evolução: Investigações sobre as origens e a evolução histórica do tarô.


O Tarô é uma prática rica e multifacetada, que evoluiu ao longo dos séculos, mantendo sua relevância e profundidade espiritual. Desde suas possíveis origens no Egito Antigo até sua popularidade moderna na era digital, o Tarô continua a fascinar e inspirar.


Autores renomados, tanto internacionais quanto nacionais, contribuíram para o estudo e compreensão dessa ferramenta esotérica, solidificando seu lugar no panorama cultural e espiritual contemporâneo. Se você está buscando autoconhecimento, orientação espiritual ou simplesmente fascinado pelo misticismo, o Tarô oferece uma jornada inesquecível.


Conclusão


O tarô continua a ser uma ferramenta valiosa para o autoconhecimento e a compreensão do mundo ao nosso redor. Através de seus ricos simbolismos e profundos insights, o tarô oferece uma janela para o inconsciente e uma orientação prática para a vida cotidiana. Com a integração de novas tecnologias e abordagens terapêuticas, o tarô permanece relevante e adaptável às necessidades contemporâneas. No Brasil e no exterior, estudiosos e praticantes continuam a explorar e a expandir os limites desta fascinante arte.


Nos últimos anos, o tarô tem sido objeto de crescente interesse acadêmico, com várias universidades e institutos de pesquisa explorando sua aplicação em contextos psicológicos e culturais. Estudiosos da América Latina têm contribuído significativamente para esse corpo de conhecimento, destacando a importância do tarô na promoção do bem-estar emocional e no fortalecimento da identidade cultural.


Pesquisas recentes indicam que o tarô pode ser uma ferramenta eficaz na terapia cognitivo-comportamental, ajudando os pacientes a visualizar e enfrentar seus desafios internos. Na América Latina, o tarô tem sido utilizado para reforçar a identidade cultural, proporcionando uma conexão mais profunda com as tradições ancestrais e espirituais da região.


Com o advento de novas tecnologias, como aplicativos de tarô e plataformas de leitura online, o acesso ao tarô tornou-se mais democratizado. Essas ferramentas digitais permitem que pessoas de todo o mundo explorem o tarô de maneira acessível e personalizada, promovendo um autoconhecimento contínuo e uma compreensão mais profunda do próprio eu.


Referências


  1. Dummett, Michael. "The Game of Tarot: From Ferrara to Salt Lake City". London: Duckworth, 1980.

  2. Kaplan, Stuart R. "Tarot Cards for Fun and Fortune Telling". U.S. Games Systems, 1970.

  3. Pollack, Rachel. "78 Degrees of Wisdom". Weiser Books, 1980.

  4. Greer, Mary K. "Tarot for Your Self: A Workbook for Personal Transformation". Weiser Books, 1984.

  5. Crowley, Aleister. "The Book of Thoth: A Short Essay on the Tarot of the Egyptians". Weiser Books, 1944.

  6. Naiff, Nei. "Tarô: A Nova Visão". Nova Era, 2000.

  7. Riemma, Constantino K. "Tarô: Simbolismo e Ocultismo". Pensamento, 1995.

  8. Miranda, Heloísa. "O Tarô e a Espiritualidade". Vozes, 2010.

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